Durante os dias 29 de janeiro e 2 de fevereiro, o Laboratório de Ecologia de Mamíferos fez um campo para coleta de dados, englobando diferentes estudos em progresso. Com isso, foram usados diferentes materiais para obtenção de amostras, porém todas sob a metodologia de RAPELD, a qual permite a integração de estudos numa mesma área, criando uma conexão entre os dados.
Dentre os meios de captura usados temos as armadilhas Sherman e Tomahawk, que servem para coleta de pequenos e médios mamíferos não voadores. Nelas são colocadas iscas, feitas a partir de banana, creme de amendoim e bacon, para atrair os animais. Estas armadilhas são dispostas pelas parcelas (corredores distribuídos pelos pontos de coleta da metodologia RAPELD) a cada 10 metros, intercalando entre o chão e a área de sub-bosque, para capturar animais cursoriais e arborícolas.
Entre os outros equipamentos usados temos as armadilhas fotográficas e os Audiomoths. As armadilhas fotográficas apresentam uma câmera, sensor de movimento e um cartão de memória. Elas são ativadas pelo movimento dos animais que passam na sua frente e registram fotos e vídeos dos mesmos, armazenando no cartão de memória. Já os Audiomoths servem para captar os sons do ambiente, auxiliando na identificação de animais difíceis de serem vistos, como morcegos, além de detectar sons de origem humana, como motores e fogos de artifício, indicando o impacto sobre a região.
Por último, foram colocadas armadilhas de queda, também chamadas de Pitfalls, com o objetivo de capturar artrópodes das parcelas, para posteriormente analisar a disponibilidade de alimento dos mamíferos.
Como primeiros resultados capturamos três indivíduos: Akodon sp., Nectomys sp. e Monodelphis sp., além de diversos artrópodes. As imagens e áudios estão em análise. Ainda terão mais campos e estudos a serem feitos no parque e toda a equipe está pronta e ansiosa para isso.
Autor: Vitor Barretto Pedro
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